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quarta-feira, setembro 21, 2011

Utilizando técnicas de memorização:

          A melhor forma para memorizar tudo o que você estuda, é praticando, vivenciando, repetindo, da mesma forma como você aprendeu o caminho de sua casa.  Seu cérebro guarda apenas aquilo que é importante.  Quando você precisar de determinado dado, ele irá resgatá-lo.  Para que este dado fique armazenado, é necessário repeti-lo constantemente. 

          Para exemplificar esta técnica, transcreveremos abaixo a prática criada por Luiz Carlos Martins (profissional na área de educação, com livros publicados sobre Pesquisa da Criatividade).
“ Há aproximadamente 20 anos, fui apresentado a um aluno com extrema dificuldade para aprender matemática. Ele tinha um bloqueio quase intransponível que impedia a memorização dos fundamentos mais elementares, principalmente de geometria.

Para tentar ajudá-lo, eu, mesmo sendo péssimo compositor, fiz uma musiquinha (tipo marcha de carnaval) cujos quarenta versos eram as tais regras que ele tinha mais dificuldade para memorizar.

Gravei a música numa fita cassete (eu mesmo cantando e batucando na mesa... coisa horrível) e recomendei que ele pusesse para tocar, diariamente, por meia hora, enquanto fazia outras coisas. Recomendei também que ele não se preocupasse em aprender a música; só deixasse o som ligado.

Quatro dias depois, a mãe do garoto me telefonou, surpresa, dizendo que até sua filha mais nova - de apenas 5 anos - tinha aprendido a música inteirinha e que as coleguinhas que costumavam brincar com ela também aprenderam.

Repeti esta experiência durante cinco anos seguidos, em três colégios e em dois cursinhos pré-vestibulares, no Rio de Janeiro. Só que dessa vez, orientei os alunos para que eles mesmos compusessem as músicas e gravassem, em coro. Cada aluno recebia uma cópia da fita que deveria pôr para tocar durante meia hora, no mínimo três vezes por semana.

Fiz avaliações periódicas durante esse período e pude constatar um aproveitamento superior a 95% em 90% dos casos. Usei a mesma técnica para matérias como História, Geografia, Química e Física, e os resultados sempre foram altamente satisfatórios.

Faça você também:

1 - "Arrisque-se" como compositor! Faça uma musiquinha para cada assunto que você tem dificuldade de memorizar. Mesmo que você seja como eu - um péssimo compositor - não faz mal. Não é a qualidade da música que vai fazer a diferença.

2 - Grave numa fita cassete (ou num CD) não esquecendo de fazer o "acompanhamento musical", que pode ser "batucando na mesa". Se ficar muito ruim, ficará muito divertido. E isso ajudará na memorização.

3 - Ponha para tocar durante 15 a 20 minutos, 3 vezes por dia, durante uma semana, enquanto faz outra coisa (estuda, lê jornal, toma banho etc.)

4 - Você pode fazer quantas musiquinhas quiser e ouvi-las em seqüência, mesmo que os assuntos sejam diferentes.

5 - Na segunda semana, ouça apenas 2 vezes por dia, e na terceira e quarta semana, 1 vez por dia.

6 - Terminando as quatro semanas, guarde a fita e volte a ouvi-la, de vez em quando, principalmente nas vésperas de provas, concursos etc. “

Não está incorreto afirmar que memória e inteligência são essencialmente a mesma coisa. A função intelectual só é possível a partir das informações que temos registradas na memória. Ninguém consegue pensar sobre o que não sabe, no entanto, consegue pensar muito bem se tiver "armazenadas" boas informações a respeito do assunto.
Importante: raciocinar nada mais é do que "comparar informações que temos na memória". Assim sendo, pode-se afirmar com segurança que todo raciocínio é uma comparação, seja ela entre dados isolados, conceitos, procedimentos, etc.

Todos nós sabemos, entretanto, que é tão fundamental "aprender" quanto "lembrar" daquilo que se aprendeu, não é mesmo? Sem "lembrar" das coisas que estudamos, toda esta aprendizagem perde o seu valor prático e não nos serve para nada.  Para facilitar essa "lembrança", todavia, existem diversas técnicas agrupadas numa ciência bastante interessante chamada Mnemotécnica (ou Menmônica) que já era praticada pelos antigos gregos, pelos fenícios, árabes etc. O que a ciência moderna fez foi, simplesmente, recuperar e adaptar tais técnicas para a nossa realidade cultural.

           Só a título de curiosidade, vale lembrar que antes da invenção do primeiro alfabeto linear (por volta de 1.700 a.C., pelos fenícios) todo o processo de transferência da informação era basicamente oral e, para tanto, esses povos precisaram desenvolver técnicas eficazes de memorização de forma a assegurar a sua unidade política, social e religiosa.

         O princípio das técnicas mnemônicas consiste basicamente em estabelecer associações criativas entre as informações a serem memorizadas.  Assim, quanto mais associações são criadas, mais fácil será a lembrança da informação aprendida.

Veja: quando aprendemos o que é uma laranja, registramos na memória diversos outros detalhes como: que a laranja tem formato arredondado, que é rica em vitamina C, que serve para fazer sucos etc. Assim, quando queremos lembrar de frutas que servem para fazer suco, lembramos também da laranja. Quando queremos lembrar de frutas que tenham formato arredondado, outra vez lembramos da laranja.  Quanto mais associações, melhor!  A nossa memória tem uma dificuldade muito grande para registrar dados isolados, que não estejam associados a outras informações.

          Ocorre, entretanto, que você pode associar as informações a serem memorizadas de diversas formas, como por exemplo, pelas cores, pelas emoções
Y e até pela música ¯. A música, a rima e o ritmo permitem associações fantásticas.  Repare como as pessoas têm sérias dificuldades para decorar um texto de apenas três linhas e, no entanto, conseguem memorizar dezenas de músicas e conseguem se lembrar delas, muitas vezes, a partir de apenas uma nota.  Você já percebeu isto?

             E você sabe por que as pessoas conseguem memorizar mais facilmente uma música do que uma poesia? É simples: é porque a música não faz "cobranças intelectuais"; ela penetra diretamente no subconsciente, exatamente porque a pessoa está "descompromissada" com a razão enquanto ouve. Além do mais, as músicas tem ritmo e muitas delas são rimadas.  Isso estabelece uma associação bastante fácil de ser recuperada na memória.

Outro detalhe importante é a relação que há entre a memória e o sistema límbico (ou nosso segundo cérebro).  Esse sistema límbico é que controla nossa sexualidade e grande parte das nossas emoções. Você já reparou que nos lembramos com muita facilidade daqueles fatos que tiveram grande representação emocional na nossa vida e esquecemos também com facilidade daqueles que nada representaram para a gente?  Portanto, ponha sempre emoção em tudo aquilo que você quiser lembrar.  É uma dica que realmente funciona.

Importante:  a nossa memória registra muito bem todos os fatos carregados de emoção e não registra os fatos desinteressantes, banais, corriqueiros.
Uma outra dica interessante é a seguinte: para memorizar melhor, seja lá o que for, envolva todos os seus sentidos (audição, olfato, paladar, tato e visão) na aprendizagem. Nós aprendemos mais e retemos melhor na memória, quanto mais sentidos envolvemos neste processo.  Lembre-se que as cores (note que na escrita do texto, utilizamos muito delas), a música ¯, o gestual , os odores, também são informações fundamentais para a aprendizagem. Portanto, saia da mesmice das anotações lineares e do estudo "silencioso". Agite! Envolva-se! Invente! Experimente! Quanto mais "prazer" você produzir, melhores serão os resultados!

         Um outro ponto importante e que deve ser ressaltado, está expresso no seguinte princípio: "a repetição é a mãe da aprendizagem". Dados ou fatos que sejam emocionalmente inexpressivos, que não permitam boas associações ou que não venham "embalados" pela música, podem ser memorizados pelo método da repetição.  Lembra como você aprendeu tabuada?  Pois é assim mesmo.  Quanto mais você repete uma informação (que tanto pode ser uma informação científica como um conceito moral), mais ele penetra no subconsciente.

              Repare que você amarra o cadarço do sapato, naturalmente, "sem pensar" como deve fazê-lo, não é verdade?  Pois bem, isto só é possível porque você "repetiu" o ato de "amarrar o cadarço" diversas vezes, até que esta informação se assentou de tal forma no seu subconsciente que sua recuperação na memória passou a ser automática.

           E você pode usar este mesmo princípio para "registrar" na memória conceitos bem mais complexos, sabia disso?
Um exemplo: você costuma ficar nervoso nos dias de prova. Porém só fica nervoso porque "registrou" uma associação entre prova e medo/nervosismo/insegurança etc.  Se você, no entanto, "memorizar pela repetição" uma associação mais ou menos assim: prova/tranqüilidade - sempre que a palavra "prova" acionar sua memória, seu subconsciente responderá "tranqüilidade" e você ficará naturalmente calmo. É incrível, mas é verdade.  E, para você não pensar que isto tudo é história da carochinha, é bom ficar sabendo que alguns dos homens mais inteligentes que pisaram em nosso planeta utilizaram e atestaram a eficácia desta lição.  Dentre eles podemos citar Pitágoras, René Descartes, Jung, Poincaré e o próprio Albert Einstein.
Lembre-se de que dissemos, anteriormente, que as "emoções" também são informações.  Da mesma forma como as pessoas "tremem" diante da idéia de prova, podem "ficar calmas" diante da mesma idéia.  Tudo é uma simples questão de treinamento.

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